segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quase Azul


Seria quase azul se não fosse noite,
Sol, você dar cor ao infinito.
Eu vejo as correspondências, mas não enxergo as transparências.
Não caio fácil, mas quando caio...
Mesmo assim, não é um desejo que sabe o que quer, mas sim,
Um desejo que não sabe o que quer- É um desejo incompreendido.
Sem fórmulas vazias, caminho ou destino.

Seria quase azul se não fosse noite,
Sol, o crepúsculo é o que nos toca,
Afasta a escuridão e o azul; um vermelho cintilante.

Queria ser Deus para sonhar você,
Existência inaudita, mas, a ideia enraizou-se.
Esse outro que perpassa como uma chama reluzente,
Escolhendo as palavras para melhor lembrá-las, para a ideia não partir
Forjando toda uma construção do espaço onírico, abra os olhos...

Seria quase azul, se não fosse noite,
Sol, a luz evanesceu, mas a escuridão perpassou todas as camadas, luz da aurora.
A água, os sonhos, espaço imaginativo do Deus que te sonha sem cessar,
Nas fronteiras da idealização perfeita, o diabo conspira,
A insustentável agudeza do esquecer se dissipa,
No fundo, um requiem para os sonhos.
W.O.