quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Reino de Vidro




Eram tantas expectativas, extravagâncias, sonhos... E Silvia na mente: sinto que te criei no interior da minha mente... Desejando a materialização, o êxtase! Eu estava ali, tão pronta, nua, expressando minha dor, gritando meu amor... E o vidro não se quebrava, duas forças antagônicas na noite rouca da angústia. E quando a noite cai tudo piora, a casa chora minha saudade e o seu cheiro ainda paira, ainda rasga o meu corpo que grita sua ausência. A indiferença calou minha dor: “meu bem”, precisei entender, mesmo sem compreender.
Eu te tinha afinal¿ eu te tinha¿
Pus a vida num reino de vidro, nele criei sonhos e fantasias, mergulhei numa verdade surda, deixei as portas e janelas abertas a muralha, e ela me invadiu, me sorriu... Um dia, numa noite fria como outra qualquer ela não resistiu. Reino, muralha, nem eu. 
Estou tão cansada da minha tristeza “meu bem” rogo para que ela me liberte, entenda que preciso partir. Pensei em Piva “beberei veneno contra teu temperamento”, estilhacei o reino, tudo ficou fora do lugar, juntei os cacos, extirpei meu coração, no lugar dele costurei o nada, mas fora de mim continua a sangrar e pulsar alto minha dor. Preciso de um banho, um colo, uma voz, preciso do fim. Rouca estive a vagar na noite da solidão em pesadelos confusos, não espero mais a voz que calava meu medo, mas escuto-a ao longe.
Aqui e acolá vou me deixando, um pouco na sacada, na porta de casa, na curva do vento, na estrada... Espalhando minha insensatez vou devolver todo esse amor.
Se te digo adeus é por ofensa, se te digo amor é por inocência,
Mas calei-me.
Nas esquinas pairam mudas, reina o silêncio vago, indeciso,
Das tardes que voltaram ao gosto de nada,
De uma rainha sem trono esquecida numa memória qualquer.

ao amor





Comodamente aos abraços, arrastamos o enlace de nosso encaixe.

Docemente, passivamente, lentamente, fervorosamente... E amamos!

Languidamente ouriço seus pelos, removo sua dor,

Compassivamente converto tempestade em calmaria,

E ele faz de tijolo ouro, só para ver-me passar e na sua alma morar/sonhar...

Com um mundo melhor dando gosto ao nada, encaixando o tempo, resignando o vento para o dia de ver-me chegar.

E roçamos... Brincamos que infinito é beijo,

Que lua sorrir para o amor e sol goza de amarelo, a cor do seu sossego/tormento.

Entãome crê meu bem, crê que te amo, com o destino na ponta da lança crê na imortalidade Do amor, pois deveras ele vibra nos corações dos homens e extremecem as almas das

Mulheres.

 Crê que somos um e tornamos lenda à existência do amor.

E por fim, Crê meu amor que é na resistência da partida que enaltecemos o tesouro d´alma,

Crê por que simplesmente deve-se crer que amor assim há de haver um Deus que faz.