quinta-feira, 21 de julho de 2011

INFERNO D´ALMA



Cada alegria carrega a sua parcela de tristeza,

Expiando sempre a tormenta; visão de caleidoscópio...

Sempre tão intransponível essa distância, não é assim?

Corrói as estruturas, silenciosa vontade presa em rígido coração;

Vênus te endeusa em mim, sol que inunda as arestas

Confunde sem pressa... Veneno d`alma;

Em qualquer tempo, contratempos,

A qualquer hora invade a aurora, necessidade fatal!

Entre livros, bares, acasos... É o elemento surpresa

Transparecendo mentiras racionais, ensaiando claro, a insanidade

Segue o fingimento mordaz de mutilar todos os sentimentos

Neste constante martelar de centelhas, tenho forças para entender,

A caverna que engendra mentiras de fingir-se impenetrável, sem ser.

Mas o interior grita, goteja em cada fresta semblante claro; ponto de desrazão.

Pequenos segredos como parte desse incidente realista, fragilizam a sanidade,

Em desacordo com esse “eu” tão desconexo, crio, destruo e recrio sem piedade

Torrente de pulsões a me devorar; verdejante olhar,

Põe de ponta a cabeça a rocha, assalta o céu na noite escura da solidão,

Psiquismo descencional, contraponto- redenção.

Mecanismo vital de sensações? Sadismo imaginário?

O meu sentir é refratário? Espelho de ilusões estilhaçadas?

Sem teorias, abstrações ou fusões, apenas conexões de horizontes em distração,

Nas linhas telegrafáveis abertura ao paroxismo, para captar o instante de ter um reflexo imaginário,

Sem gracejos literários ou manifestos romanceados, contra a ordem da razão,

Envenena a lua eclipsando o inferno d`alma, rasgando universo em expansão.


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