quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Oásis


Rugem rugem rugem

E como luzes passeiam

Em meu carrossel de ardil

E induzem,

A colar tua boca nas minhas nuvens.

Rugem as vidraças

E a tormenta passa,

Invade e faz graça,

Na minha faceira sedução que te enlaça

Rugem rugem rugem

As centelhas do devaneio,

De você sem teu espelho,

Corpo denso que explode;

Minha fruição.

Vento sopra sinfonia,

Dúbia cor de alegria,

Meu tempo tolo, versado em vão,

Vespeiro surdo colide na solidão,

Do frágil escárnio, da tormenta que a-tormenta,

Da tua pele que ausenta

A minha medida e me sangrenta,

Embalo, estouro o tempo

E paro em ti, deliquescida,

Sedenta; Ante o oásis...

Vem, vem, goteja!


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