domingo, 18 de setembro de 2011

Nostalgia do absoluto


Procurando a janela entre as árvores, de volta as estrelas pairam mudas às esquinas,

No canto do olho brilha cristalina uma vontade aflitiva de engolir tua rima.

Ao longe desabrochas prosa poética, doce partilha.

Eu sempre quis saber onde dormem as gaivotas ao entardecer...

A mente grita,

Sinfonia cósmica toca continuamente,

Nas esferas mais sujas em minha mente,

Efeitos colaterais intensos hipnotizantes,

Quântica corda retumbante invade vento cortante das marés nauseantes em mim,

Poéticas quadrilhas de poetas me embalam no devaneio,

Repousa tumba fria jorrando nada.

Trakl há um restolhal, há uma chuva negra, há dúzias de trombetas

A tocar efusivamente, a dançar longamente, e toca os sinos, e tomba Sísifo,

Numa embriaguez cambaleante e o meu céu escurece em nostalgia.

2 comentários:

Anônimo disse...

o que aconteceu com Sisifo? ele parou ou continuou a caminhar? ele ainda "dorme" na nostalgia do absoluto ou tomou consciência de seu ato?

Abraços!
parabens pelo blog!

lil disse...

mo mito ele está condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo, só para vê-la rolar para baixo novamente.é o absurdo da vida do homem para Camus. Aqui Sísifo tombou, aqui eu preciso q ele morra. Na minha poesia ele precisa morrer, sucumbir, pq dormir siginifica um alheiamento ante a realidade.
Obrigada pelo comentário.
abraço!