Estranha bondade ronda a erva selvagem,
Seu espírito é sombrio, é pura filosofia
Sua grandeza ominosa, sensual, instinto feminino...
Anjo, eu respiro, mesmo no esquecimento, no profundo do sono.
Como capturar um ladrão? Se aproxime da janela, sinta a sombra,
Leve uma vida de crimes, esgote seus escrúpulos, demonize seus instintos;
Filosofia da manhã mais clara, veneno agonizante, erva selvagem...
Anjo, mentiras e álibis não correspondem à filosofia molhada,
É filosofia que lava a alma, chuva torrencial.
Estranho efeito açoita a erva selvagem,
Semeando raízes profundas, rizomáticas,
Árvore como Sylvia, frutos como Anaïs,
Anjo há beleza na distância- deuses e mortais, céu e terra; a quaternidade.
Na busca pelo jardim celestial- um reino suspenso entre terra e céu,
Lugar de paragem, passagem, meu, seu, nosso, em trânsito.
Na fusão das matilhas o descontrole,
Na distância infinda da crueldade, as partículas do desejo,
Esquizo, solitário; círculo vicioso.
Bocejando um lobo, alimentando um tigre,
Orando para enfrentar a droga mais potente,
Ansiosamente... Assim,
Cinicamente desconcerte o prazer, circule o poder,
Dentro, as instâncias perpassam, despersonalizam,
Cria um corpo, asfixia a dor, estado de graça, meu paroxismo,
E a erva cresce selvagem, desordenada,
Luz impiedosa da alvorada.
Anne.
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