Negras são as sendas que se arrasta sobre a noite que cai.
Pensamentos são como seiva,
Levam a caminhos perenes, numa imensidão sem fim.
Então o que sou? Metafísica em desuso.
Mas quando olho, não é olho- intruso, espesso, confuso.
Espere e sangre...
Quantas horas gastarão para encontrar o caminho de retorno?
Quanto tempo passará até ultrapassar as sendas que se arrastam
Rumo à fronteira do infinito? Dure o tempo que for preciso,
Até perdermos o topo da cadeia evolutiva, e não restar viva alma e
Sobre o espaço terrestre, as raízes daninhas, um espetáculo poeril.
Você é o morto, eu, apenas ideia, fulguro entre as sombras,
Das desordens passionais, libidinais, jogo de dados...
Açoite de horror, juventude como temporal? Esvai-se e avilta
O absurdo que é a vida.
As ilusões do porvir e do nosso amor; psicodelia visceral,
Transgrida, não reflita, desvie, não espie.
Não entenda, experimente, não objetive, insufle.
Olhos, olhos, viscosos, pueris,
Queimando dentro, flamejando, incendiando,
Morrendo, forjando uma dama de espadas, escusa, espúria.
Vírus letal, a cama está sendo preparada, cuidadosamente...
Do veneno- o mais perverso; insidioso, fissura.
Boca, boca, molhada, vermelho sangrento,
Esfriando, gelando, entorpecendo, mordendo,
Renascendo- relativismo dos mortos,
Rasga as sendas do meu destino, paradoxo?
Puro acaso objetivo.
Vírus letal, o script está sendo preparado, cuidadosamente...
Cada passo-cadafalso, na noite dos olhos e boca,
Adentra a sede sulfúrica, ardente...
Sua morte- minha culpa,
Seiva corrosiva infectou-se de mudas raízes,
Esvaí-se de dúvida
W.O.
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