Nessa noite que arrebata, estou tal carcaça,
Fria, suja e celibata a tua espera, mas não devassa;
Na fome doce do sonho que me perpassa.
Uma andarilha arregaça; céu extremece estrelas que passam,
Uma luz se estende e faz graça da tormenta levada.
Café que esfria, mente vazia ensaia a tumba do meu amor,
Tento matar, tento enforcar, o descompasso e a dor,
Para afastar o meio-dia, a saudade e a melancolia
Da tua ausência e desamor.
Dianoiar, experimentar é liturgia; energia...
Para evocar, dissimular a noite fria da melancolia.
Não quero o seu só quero o meu, que mora em ti e me faz breu,
Para dormir e auscultar profundo mar em plenitude... noite arrebatar!
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