Massiferação embrionária da podridão fetal
Minha carnificina pessoal é a frieza estéril do meu ser
Que seja feito o que era para ser feito não é a resposta,
Para esta que é sim a pergunta.
Na latrina deixei parte do nosso amor
Mas nunca há o esquecimento, há sempre a dor.
São apenas laços desfeitos do cordão umbilical,
Que não provam nada, nem mesmo o amor.
Deixam-se caminhos abertos, sem volta,
Para a passagem das decisões tomadas,
Para as mazelas em preto e branco avermelhadas,
Por trás de todas as comiserações dos rumos tomados
Num laço infinito do circunstancial.
Aprovarei todo desafio rumo a purificação,
Mas sem negar a desertificação envolvida
Nas noites rubras em que vivi. Nua...Seca...
Quase inerte na incerteza das convicções,
Numa dança lenta da sinfonia da morte,
Onde veias dilatando a torpicidade do meu encontro a carnificina
Iam a lances rápidos cortando a minha consciência
E depois havia somente o choro, o lamento cósmico,
Da minha agressão fatal, adormecida aos sentidos.
Tão negra e tão nua estou aqui...
Arrependorozamente viva, quase como um anoitecer,
Ainda sem brilho e sem esperança.
Roxidão de um olhar partido que parte a todo instante,
Nesta corrente lamentosa de partidas,
Na maca de um novo amanhecer,
Pois na latrina deixei parte do nosso amor,
Mas nunca há o esquecimento, há sempre a dor,
Que são apenas laços desfeitos do cordão umbilical
Que não provam nada, nem mesmo o amor, meu amor.