terça-feira, 13 de julho de 2010

Pouvoirs du désir


A um só tempo efusivo, desmedido, hei de lançar-me ao desconhecido,
A um só tempo maquino um passeio na estepe, na clareira, no arrebol do crepúsculo.

Acometida pela febre de ternura, crueldade e sensualidade vou abrindo meu mundo,
Lavrada e sulcada para desenraizar um desejo instável, manipulador, dominador.

Eu não escrevo, eu me confesso, me desnudo e me entrego absolutamente, com isto, reafirmo
E potencializo todos os meus desejos...
O corpo, o êxtase, as mediações, os agenciamentos maquínicos
São estratos de um mesmo elo anímico, de um instante provocador.

Máscara que projeta o futuro, o devaneio e as promessas do puro porvir,
Nisto que é a única exceção, a única coesão de uma instância corrosiva, do profundo e insensato em mim.


O espaço onírico se soltou e entre os dedos o nó desatou,
Uma vontade de crisálida, o meu direito de sonhar.
Instante envolvente, uma dialética da dissimulação...
Mas mantenha a face repousada e sinta a vontade de noite, de sonho,

Pois a natureza prescinde do poder e da vontade do fantástico,

Para um renascimento alegremente trágico, supostamente fundamental.

Quase um pulsar surreal, espaço onírico das pinturas imaginativas de um Deus fingidor,
Ponho a minha fortuna no limite do impossível e estou apenas dissimulando para não sentir dor,

Escondendo, escondendo, impermeabilizo todas as influências nefastas, os rancores,
Mas sou pura liquidez... Insensatez, devaneio profundo, fidelidade e inquietação,
Parafraseando, evocando, pulsando, exalando a noite mais profunda, a absolvição.
W.O.

Um comentário:

lucas disse...

olá willi
não estou no meu computador e por isso nao tenho como escrever para teu email
até terça-feira estão abertas as inscrições para o evento Encontros Nietzsche que será realizado aqui na UFRN, se quiser se inscrever ainda há tempo, manda e-mail para odefil@cchla.ufrn.br com o resumo
até mais