terça-feira, 21 de janeiro de 2014

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Saudade de retrouvailles
Je sui l´enfer, une étoile errant;
avec le desir de retrouvailles, tout les vendredis
les nostalgie de l'étreinte du ciel  à m´anvahir
 Williane Oliveira.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Reino de Vidro




Eram tantas expectativas, extravagâncias, sonhos... E Silvia na mente: sinto que te criei no interior da minha mente... Desejando a materialização, o êxtase! Eu estava ali, tão pronta, nua, expressando minha dor, gritando meu amor... E o vidro não se quebrava, duas forças antagônicas na noite rouca da angústia. E quando a noite cai tudo piora, a casa chora minha saudade e o seu cheiro ainda paira, ainda rasga o meu corpo que grita sua ausência. A indiferença calou minha dor: “meu bem”, precisei entender, mesmo sem compreender.
Eu te tinha afinal¿ eu te tinha¿
Pus a vida num reino de vidro, nele criei sonhos e fantasias, mergulhei numa verdade surda, deixei as portas e janelas abertas a muralha, e ela me invadiu, me sorriu... Um dia, numa noite fria como outra qualquer ela não resistiu. Reino, muralha, nem eu. 
Estou tão cansada da minha tristeza “meu bem” rogo para que ela me liberte, entenda que preciso partir. Pensei em Piva “beberei veneno contra teu temperamento”, estilhacei o reino, tudo ficou fora do lugar, juntei os cacos, extirpei meu coração, no lugar dele costurei o nada, mas fora de mim continua a sangrar e pulsar alto minha dor. Preciso de um banho, um colo, uma voz, preciso do fim. Rouca estive a vagar na noite da solidão em pesadelos confusos, não espero mais a voz que calava meu medo, mas escuto-a ao longe.
Aqui e acolá vou me deixando, um pouco na sacada, na porta de casa, na curva do vento, na estrada... Espalhando minha insensatez vou devolver todo esse amor.
Se te digo adeus é por ofensa, se te digo amor é por inocência,
Mas calei-me.
Nas esquinas pairam mudas, reina o silêncio vago, indeciso,
Das tardes que voltaram ao gosto de nada,
De uma rainha sem trono esquecida numa memória qualquer.

ao amor





Comodamente aos abraços, arrastamos o enlace de nosso encaixe.

Docemente, passivamente, lentamente, fervorosamente... E amamos!

Languidamente ouriço seus pelos, removo sua dor,

Compassivamente converto tempestade em calmaria,

E ele faz de tijolo ouro, só para ver-me passar e na sua alma morar/sonhar...

Com um mundo melhor dando gosto ao nada, encaixando o tempo, resignando o vento para o dia de ver-me chegar.

E roçamos... Brincamos que infinito é beijo,

Que lua sorrir para o amor e sol goza de amarelo, a cor do seu sossego/tormento.

Entãome crê meu bem, crê que te amo, com o destino na ponta da lança crê na imortalidade Do amor, pois deveras ele vibra nos corações dos homens e extremecem as almas das

Mulheres.

 Crê que somos um e tornamos lenda à existência do amor.

E por fim, Crê meu amor que é na resistência da partida que enaltecemos o tesouro d´alma,

Crê por que simplesmente deve-se crer que amor assim há de haver um Deus que faz.


domingo, 18 de setembro de 2011

Nostalgia do absoluto


Procurando a janela entre as árvores, de volta as estrelas pairam mudas às esquinas,

No canto do olho brilha cristalina uma vontade aflitiva de engolir tua rima.

Ao longe desabrochas prosa poética, doce partilha.

Eu sempre quis saber onde dormem as gaivotas ao entardecer...

A mente grita,

Sinfonia cósmica toca continuamente,

Nas esferas mais sujas em minha mente,

Efeitos colaterais intensos hipnotizantes,

Quântica corda retumbante invade vento cortante das marés nauseantes em mim,

Poéticas quadrilhas de poetas me embalam no devaneio,

Repousa tumba fria jorrando nada.

Trakl há um restolhal, há uma chuva negra, há dúzias de trombetas

A tocar efusivamente, a dançar longamente, e toca os sinos, e tomba Sísifo,

Numa embriaguez cambaleante e o meu céu escurece em nostalgia.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

As Nuvens


Nossas cabeças, esse repertório de loucuras divergindo,

Tais medusas serpenteando as esferas da insensatez,

Nossas incertezas- oráculo lúgubre.

Sobre as nuvens sopro o amor

Que na distância bate a tua porta e invade a tua ausência

E extremece lânguida, valente, sedenta.

Decaindo na tormenta,

Sem desmoronar captei a pequena marca da loucura,

Oculta na franja da alvorada,

Na beira do pensamento das minhas 78 rotações.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O jardim do Inferno


“Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.” C.L.

Minha íntima desordem sucumbiu Clarice...

Finalmente funcional normal.

Esse passionalismo sem razão engolido pelas feras, pêndulo que rola.

Lânguida, rezo na luz pálida da noite cambaleante do desamor

Fingimento aflora; da escrita me desabrocha, mas o sol em mim transborda...

O jardim dele é tão bonito que me faz temer o inferno,

Ao longe/serva/dele/erva/nele/seiva/adensa/a fera.

A primazia da luz enrubesce; cega a solidão, que iludida, irrompe sentir gozo e lascívia,

Nessa jaula de gorilas- meu circo de veleidades...

Pretenso tempo enjaula sintonia/Colossal semblante em devaneio,

Puxa novelo de lã/gato ronrona/toca os pés da estátua e a luz se apaga.

Minha íntima melancolia vagueia sombra do meu amor Clarice...

Descompasso senil serra olhos, sussurra dor,

Cada passo cadafalso, no encalço desabafo,

Explodo em palavras, sem sentido, estilhaço a tormenta do meu céu de ilusões.

Cada estrela um sonho louco, teia densa salienta

A loucura desse inferno em conjunção,

Prolonga/teia/vazia/ceia/ oculta/seda/lascívia/cheia/desejo/anseia.