terça-feira, 2 de setembro de 2008

Eu estava morta


Ponha a si mesmo em uma caixa, pois a realidade desfoca tudo,
Deixe as vozes perturbadoras gritarem sozinhas, pois a anarquia não é suficiente.
A sua dose de realidade diária tome com gim Tônica.
A sua carcaça podre lave com criolina, e não deixe que os fétidos ratos durmam nela.
Desça o mais baixo que você puder para sentir as falsas glórias de tua escória,
Pois só assim você se sentirá melhor em tua fanfarronice, sua sórdida miséria.


O veneno insípido de suas palavras, o odor fétido das tuas vozes,
Em algum lugar distante da realidade são dissonâncias malignas de teu rastro.
As línguas queimam as estruturas semânticas, a ordem da razão, da esperança.
Os mundos colidem em redundância na desventura, nas circunstâncias.


No mar aberto, no abismo reluzente, existe um espaço ardente,
Do desconforto das sentenças morais, da morada insana,
No mais íntimo da liberdade humana.
O inverso dos pseudo-sentimentos, um feminino sombrio!
Encoberto por eras de monstros malignos, pervertidos em chamas.
E eu estava morta em minha incompletude, em meu descaso,
No discurso ambíguo das confissões e dos ocasos.
W.O.

Nenhum comentário: