sábado, 14 de março de 2009

Poesia Draconiana




Sonhei com você esta noite. Acho que você poderia ser meu fator determinante...
Mas quando acordo gosto de ver as pessoas dormirem, até chego a fantasiar com isto.
Eu poderia passar um milhão de anos vendo-as dormir, sentir a profundidade alheia,
Mas eu preciso sempre justificar meus desejos não é? Por isso subtraio-os, é mais fácil.
É uma industria fria esta de subtração, cálculo e numerização. Tudo está quantificado
No solo deserto das florestas devastadas. Nos círculos harmoniosos petrificados.
Talvez uma cerimônia de purificação resista as fissuras do tempo e restaure as estações.
Sinto falta do outono, nunca pude ao certo toca-lo, mas gostava do que dele emanava.
O outono é poético, artístico, toca o solo viscoso, compreende o nada, sem ressentimentos...
Você parece não entender o que digo, mas é natural de sua época, a falta de entendimento,
Talvez por esta razão não me preocupo e percorro as sephiroth sem autorização.
No meu mundo devastado o círculo se fechou só resta sombra e deflagração infernal.

L.N. pseudônimo de invocação das auroras negras. Um outro eu indissociado.

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