terça-feira, 8 de março de 2011

Libido (um caso particular para um discurso sobre o amor)


Ao amor, um recorte da libido-
Libido- demasiado viscosa, demasiado líquida,
Rebelião dos fluxos instintuais; viscerais.
Molha a intuição dos sentidos, derrama em mim,
Solar benfazejo perpassa existir.
Flutua a intensidade dos desejos que pulsam,
Esconde delicada perversão, cheira o sexo dos anjos...
Estética da carne que transgride a arte,
Poesia estandarte rasga melancolia na noite fria;
Permanente embate...
Energia libidinal não repousa, diz-se: “a libido tudo engloba”;
Mas por vezes se enamora, concentra forças ao particular.
Viscoso, líquido, libidinoso: essência do desejo.
Pensamento vertiginoso de na sua matilha descansar,
Nesse outro que me perpassa encerro o olhar,
Enceno movimento, dépaysement,
Adio acontecimento, ali, ao lado, fotograficamente revelado.

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