quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Redenção



Sou lilith sim, mas não insana ou perdida,

Não me perderei no umbral, não cairei, não abnegarei,

Todo o meu encanto reside no fato de não crer em filosofias, regras morais ou vilanias,

O meu feminino sombrio persiste, existe e quer crer em mim.

Oh Lord Auch, sou lilith sim, mas não ambígua ou cega,

Não adentrarei as instâncias corrosivas em vão,

Cheia de reflexões, desconstruo e transponho os muros,

Desfaço as sínteses, erotizo e hipnotizo o mundo.

Olhe para o abismo, sinta a noite, torne-se a própria noite,

Caia no desejo habitual de perder-se, de ser uma eterna fugitiva de si mesma,

No mundo que nunca te compreendeu e te fez tão pequena,

Mas reconheça a sua face pálida, sedenta de sangue e de promessas do puro porvir,

Para conquistar, sulcar, lapidar todos os diamantes, saída do estado bruto, a redenção!

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