quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nada pessoal


E tudo passou, fecho os olhos e a criança voltou, não estime seus pontos de vista,
O mundo falha ao exitar seus sentimentos, ensaiando uma máscara de verdade,
Calculando e medindo todas as intensidades brutas, reprimindo toda a pureza.
Meus olhos são como chamas nesta noite perdida em que preciso criar,
Minha mente transpira o infinito, demônios atrozes, lautréamont e Cia,
Estrondo espúrio e inimigo da razão, escolho odiar, escolho não escolher,
Deito de costas, continuo trancando a imensidão, lutando para ainda estar lá
Para um dia depois de toda luta entregar-me, abrir todas as portas, as janelas...
Engula a metafísica inteira e ganhe um corpo,
Segure minhas mãos, parecem frias?
Pareço morta?
Meu bem pulei toda a verdade, considerei todos os defeitos e separei as pequenas vitórias,
Nunca discordei das falsas e medíocres meias verdades, não subestimei os pontos de vista,
Mas a sua lua, cavaleiro, havia muitas noites em que minguou, escureceu, desfaleceu.
Adoro simulacros, neles somos perfeitos, dotados de superioridade, pretensa humanidade.
Meu bem, eu passo a noite aos pés de monstros, fecho os olhos para toda a angústia, respiro o ar e seguro um pouco antes de soltar tudo... Ao infinito.
Eu sou o alvo, olho para dentro, encontro as chaves, fecho os olhos e sigo sem sentir o chão,
Talvez a água cure tudo, as chamas só queimam mais as dores, mas o final da tempestade acalma e ainda espero por uma.
Júpiter ilumina meu caminho mesmo quando tudo em mim escurece, e eu recebo um sinal, os deuses povoam o infinito, por que não tentamos? Por que não aprender a sentir o universo inteiro quando tudo é tão simples.
Tudo que se deixa,
Tudo que se precisa,
Tudo que se deixa cair,
Dê ao mundo o que lembrar
Dê tudo e volte para ter mais
Se aproxime, sinta, sinta, sinta como se sente, o baixo mais baixo, o alto mais alto,
O tudo do tudo, o nada do nada.
Luz, luz, luz,
Escuridão, trevas, desrazão,
Ascensão! Esse é o sentido.
Luz, luz, luz,
Escuridão, trevas, desrazão,
Derrisão! Esse é o meu crime,
Nada pessoal.
Williane Oliveira

Nenhum comentário: