quinta-feira, 7 de abril de 2011

Entre, e, por favor, Desfrute!


E se eu quisesse quebrar, rindo e amando sua face?
E se eu quisesse lutar, mesmo perdendo sempre?
Fugindo das coisas que costumo pensar, des-criando o usual...
O que não é o “seu” sempre se apresenta ao meu disfuncional “eu”?
Olhe nos meus olhos, isso está me matando, se é desejo corta...
E se corta, é dor? Não sei, parece sempre mudar,
Ápice de alegria, atingindo picos de intensidade, mas na ausência causa melancolia
Gosto silencioso da “saudade”? Sua presença envenena, desordena!
E se eu quisesse roubar sua muda face vertendo na carne?
E aí a gente começa a conversar, meio que, sem sentido, nas margens... e aí?
E aí pulsa?
Partindo da sua esquizoideologia você não irá pensar,
Seus cortes funcionais despotencializam meus anseios fundamentais,
Entre as coisas esse nada silencioso pretensamente não explica, complica,
A falta do falar expõe vontade do fazer...
E se eu quebrar o decoro e te encostar ao silêncio do gozo? O que você faria?
Vagaria como esquizo? Penetraria as tuas matilhas e multiplicaria nas minhas? Hesitaria?
O que você faria? Se profundamente você caiu na armadilha do caos,
Enquanto não pensa o pensar, mata de sede sem cessar.
E se eu quisesse lutar provocaria?
Olhe nos meus olhos: estilhaça-me ou amordaça-me!

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