quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Do Inferno


Clarão que insufla a noite,

Manifestação alucinatória instintual; tente escapar...

Ronda noturna, hospeda estranha volúpia,

Do inferno.

Controle habitual deixe-o ir,

Precipita pensamento fúnebre,

Psiquismo descencional consome e amordaça

Sonho alucinante da mente bastarda,

Colapso, soturno, subitamente retrai

Terremoto circunstancial,

Do inferno

Hostil, servil, paulatinamente se esvai,

Martela, martela pretensa desarmonia,

Compadece a dor, deixe-a ir.

Sorrateiro o desejo aporta

Hipnoticamente exorta noite alucinante,

Dos dias senis,

Do inferno.

Perfume cambaleia divindade,

Fogueia sorriso mentiroso,

Abandona antigos rituais, mito visceral,

Sussurra astutos sortilégios, congrega presença fundamental.

Do inferno irrompe o filho da luz da manhã mais clara,

Evoca paralisia, fantasia, estronda, paira na noite, abriga meu mundo,

De ontem... Não salve, deixe perder, cinicamente subverta e deixe tecer

Uma trama sensível que flameja bravura,

Do inferno.

Mata, mata a fome do sonho,

Tortura as estrelas, remedia loucura.

Envenena noite enfadonha,

Terremoto circunstancial,

Ponto de vertigem

Extremece vértice de (prezar)

Do inferno.

Estranha na terra estranha,

Entontece ao abismo, foge ao discurso.

Gelando os sentidos, meu impossível,

Do inferno.

Enlil.