terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sede Lunar


Nas esquinas do teu sol, Meu olhar te cruzar,

Atravesso o teu mar...

No teu torpe, remansando,

No teu mar, mergulhando, renascendo, escandalizando.

À surdina, analisando, vago, vago, entrecruzando,

Faço chuva, arrebato mundo.

Vadia, vadia, tão distante, surrupia,

O meu medo, minha dor, morde lábio, Beijacéu,

Mata a noite, vela corpo, vela acesa, vela fogo.

Medo, medo, arroto oco, da distância, acende!

Eu morro, eu morro; do gozo, do estorvo.

Rôo o osso, vagueio lua,

Desperto crepúsculo, escrúpulo, travessa melancolia,

Liturgia, mania desencadeia alegria.

Recriando monotonia, espaço do remanso.

Dias vermelhos, poupando energia...

Febre, febre, no calor do ócio,

Promessa desencadeia luz inesperada,

Paradoxo, paraíso, estimulante, dose letal...

Minha cafeína, insônia irradia, acelera e sangue congela,

Sentido sente o sentir; dor de partir, devém,

Hora de despertar; sede lunar.

W.O.


Nenhum comentário: