domingo, 31 de agosto de 2008

Cavalos Selvagens



Os sonhos? São tantos...E todos esquecidos,
E enterrados em caixas de abelhas,
Velados como doces ilusões de mundos transparentes, opacos...
E você fecha a porta, tranca as minhas decisões.
Cavalos selvagens cavalgam ao luar na noite cinzenta,
E a vida se torna um flagelo.

Atravesso mil oceanos, tempestades e neblinas,
Escureço o mundo com minhas incertezas,
Meus demônios são fragmentos da minha morte.
Minhas cicatrizes são como libélulas,
Sou o fruto proibido de auroras doentias,
Como forças grotescas no interior da perversidade.

As minhas fantasias são sinfonias solitárias,
O meu deleite são os meus segredos, minha caixa de pandora.
Meu veneno doce causa uma morte reluzente,
Minhas idiossincrasias são rios temporários,
E a vida se torna um flagelo.

Cruzo rios secos, sertões em guerra para entreter minha alma de você,
Abro portões para as bestas selvagens dos mundos adormecidos,
Divago nas emoções que sinto, mas os cavalos selvagens cavalgam ao luar,
E lá fora o tempo passa sem cessar,
E a vida se torna um flagelo.

Dou continuidade aos sonhos, a anarquia do mundo,
A revolta armada absoluta da dissociação do humano.
As sombras descontínuas do semblante imaginário.
E a vida se torna um flagelo.

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