segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fantasia




Cadê você? Procuro-te nos lugares mais distantes da minha alma,
Mas eu não sinto o caminho, mas eu sou uma jogadora,
Uma intrusa em sua floresta, em seu santuário de flores mortas.
Porque você quebrou algo em mim, despertou a minha lilith,
Mas você me procura e me afasta com seus labirintos, seus jogos.

Eu te vejo atrás dos muros tecnológicos,
Sinto tuas dores, conheço seu mundo como ninguém.
A sua fragilidade obtusa, seus odores.
Sou devota da sua revolta, dos seus temores.

Cadê você? Procuro-te nos lugares mais distantes da minha alma,
Eu destruo seu mundo aparente, corrompo seu inconsciente,
Libero seus desejos bestiais, no profundo das tuas rosas mortas,
Mas você me procura e me afasta com seus labirintos, seus jogos.

Eu te sinto atrás dos simbolismos,
Vejo suas fraquezas, conheço seu mundo como ninguém.
A sua melancolia profunda, seus odores.
Sou sua garota dissolvida, sua fantasia.

Cadê você? Procuro-te nos lugares mais distantes da minha alma,
Eu sou sua ruína, seu narcótico. Mas eu sou uma jogadora,
Uma intrusa em sua floresta, em seu santuário de flores mortas,
A espera do conde negro, das papoulas alucinógenas.
Mas você me procura e me afasta com seus labirintos e jogos.


W.O.

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