segunda-feira, 11 de agosto de 2008


A Herética Dama

A herética dama atende o teu chamado, conde negro das papoulas alucinógenas,
Das saudações pagãs, dos beijos fraternais, das distâncias que corrompem os mundos adormecidos. Em paz, sonho com sua vinda, sua esperança e clamor.
Estou febril no que não posso tocar, mas as estações mudam, os corpos também,
Consuma meu ódio, me leve para o universo paralelo das tentações, dos paraísos artificiais.
De todo o meu ser, o que você realmente quer?

A sua linguagem constante, desconcertante, são abstrações sem razão,
Os seus princípios são figuras surreais de seus verdadeiros instintos.
Hey, um anjo voa em blasfêmia, e vê sua face surpresa.
As suas confissões são fugas repentinas do que te consome,
A sua simpatia desmerece o caráter instintivo dos teus anseios,
Hey, um anjo voa em blasfêmia, e devora sua carne.


A herética dama atende o teu chamado, conde negro das papoulas alucinógenas,
Caio no profundo dos teus sonhos, do amargo do haxixe,da inconstância das conexões.
Acordo no desalento do cotidiano, no cadafalso das ilusões.
Hey, será que foi o feitiço da lua que trouxe o encantamento para o meu jazigo de solidão?
Ou travessuras de bruxas apáticas liberando o perfume das papoulas alucinógenas?
Que triste tarde esta que não encontro repouso sem meu sonho,
Aqui fora faz muito frio, mas a lua tem seus encantos.

W.O.

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